quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Uma vitória que aquece mais do que qualquer edredom!

Sensacional! Espetacular! Extraordinário! Incrível! Uma verdadeira festa!

Pelos adjetivos acima parece que trato de um jogo de título ou de um clássico de grande rivalidade de alto nível! Mas não!

Falo de um jogo de oitavas de final da Copa do Brasil, que seria mais um compondo os oito jogos dessa fase da Copa do Brasil se não fosse por três quesitos especiais: Maracanã lotado, Gol no fim do jogo e Uma festa com mais de 53 mil torcedores, que em uma quarta-feira comum, estariam dormindo, jogando vídeo-game, ou no sofá assistindo TV, mas não estavam dormindo, pois a quarta-feira não era comum e não foi comum!

Em uma festa maravilhosa em sua verdadeira casa (alugada ou não, casa é casa, o que importa é como você se sente nela, e se for pra ser assim, que o Flamengo jogue eternamente no Maracanã), o Flamengo conseguiu uma classificação heroica com gol de Elias aos 42 minutos, Elias que só foi definido para o jogo 10 minutos antes da partida, por conta das dores na coxa esquerda. No jogo, ele voou e não havia mais rastro das dores de outrora. Portanto concluo, das três, uma: Ou Mano gosta muito de suspense e quis adiar a confirmação do protagonista do espetáculo, ou Elias divinamente foi curado de uma hora para outra, ou ele é um super herói que mesmo ferido cumpriu sua missão. Bom, depois desse jogo, creio que até o Super herói fica no chinelo perante ao Herói da Nação rubro-negra, Elias!

Falando do jogo....O primeiro tempo foi 46 minutos sem nada de razoável que se valha apena falar, a não ser dos absurdos excessos dos cruzamentos do Flamengo para a área cruzeirense. Detalhe: Todos errados! Mas pelo menos, o Flamengo acertava bem os passes, coisa que nos outros jogos, era causa de dor de cabeça garantida aos torcedores flamenguistas.

No segundo tempo o jogo era outro! O Flamengo voltou com tudo, com muita facilidade chegava na linha de fundo, mas as insistências nos cruzamentos era irritável, pois além do Cruzeiro ter dois grandalhões na zaga, o grandalhão Bruno Rodrigo estava impecável!

O Flamengo seguia pressionando, sem ter "aquela chance", mas dominava com os gritos ensurdecedores de sua torcida!

Se por um lado o Flamengo dominava, pelo outro o Cruzeiro estava perdido! Passe errado atrás de passe errado, facilmente perdia as bolas quando tentava sair pra contra ataques. Por quê? Porque os jogadores do Flamengo estavam à 300 mil volts, já os cruzeirenses nitidamente sentiam a pressão de jogar no Maracanã lotado!

O tempo ia passando, o Cruzeiro mais calmo, tentou colocar as garras de fora, mas não conseguia jogar o seu futebol.

Pois bem, passados 40 minutos, os torcedores já estavam tensos. Os cruzeirenses um pouco menos, pois estavam se classificando.

Até que, aos 42 minutos, toda tensão, agonia e drama foram devidamente e justamente expulsos e escorraçados dos semblantes rubro-negros com os 'incaláveis' gritos de comemoração pelo Gol de Elias! Livre e de primeira, Elias fez a festa de todos!

A tensão, agonia e o drama foram pelos ares dos céus do Rio até repousar em Belo Horizonte, mais necessariamente repousar na cabeça dos cruzeirenses.

A distância técnica do Cruzeiro para o Flamengo existe e é comprovada na tabela de classificação do Campeonato Brasileiro. Mas não há distância técnica que um Maracanã em vermelho e preto não derrube! O que falta de qualidade ao Flamengo veio em êxtase e motivação das arquibancadas! Flamengo no Maracanã tem que se respeitar! Não há explicação, não existe fórmula. São aquelas coisas na vida, em que não se explica, simplesmente se sente e se sabe que é assim e ponto! Flamengo no Maracanã é assim! Inexplicável!

Foi um verdadeiro espetáculo! E olha que era um jogo de oitavas de final de Copa do Brasil...Mas torcida do Flamengo e Maracanã é uma combinação que , torna uma quarta-feira fria e cinzenta em uma noite explosiva e em alta temperatura em cada coração!

 E não há temperatura baixa que resista, pois duvido que algum torcedor rubro-negro vá dormir com frio esta noite, se bobear até os cobertores ficarão no armário, pois o que aquece hoje a Nação no Brasil inteiro, nem todos os edredons do Mundo poderiam aquecer da mesma forma!

E Só quem é rubro-negro pode atestar o que digo!








terça-feira, 27 de agosto de 2013

A luz do Sol sem o seu calor de nada adianta!

VERGONHA! O Botafogo, Além de não ter subido antes a multa rescisória de Vitinho, agora, passa mais um drama por causa do dinheiro! A única coisa que consolava o coração alvinegro pela saída do jogador, está indo pelo ralo (R$ 18,6 Milhões) ! 

A Procuradoria da Fazenda Nacional pede a penhora da parte do Botafogo na transferência de Vitinho (60% do montante, que equivale a R$ 18,6 Mi) ! E como o clube alvinegro ainda não possui as Certidões Negativas de Débito, nada poderá fazer, a não ser tentar um possível acordo, que ainda assim resultará em um grande prejuízo, vide a saída de um jogador tão importante como Vitinho e o dinheiro em questão (caso consiga algum acordo) !

E mais: Vale a pena recapitular, que o dinheiro das transferência de Andrezinho e Fellype Gabriel não chegou a passar pelos cofres do Glorioso pelo mesmo motivo!

Pois é, parece que a diretoria está fazendo de tudo para o time não ganhar absolutamente mais nada. Você pode dizer, que os salários estão atrasados, que o clube está em uma crise danada, e que tem que abrir mão mesmo, mas o que adianta essas transferências, se o dinheiro não cai em Conta?


Tudo bem, admito que no caso de Vitinho não culpo tanto a diretoria como tantos outros por aí, mas e as vendas de Fellype e Andrezinho, relatadas acima? Porque aceitar transferências por "boladas" se não possui a Certidão Negativa de Débito? E sabendo que esse dinheiro não vai nem aquecer os cofres por reles centésimos de segundos? Por quê?


São situações que só irritam mais e mais os torcedores alvinegros.


Pois é, diretoria do Botafogo o que adianta ter a luz do Sol sinalizada, e se admirar por ela, se o Calor que mantém tudo vivo, não se achega nos cofres?


Saber-se ciente do dinheiro e não poder tê-lo, é a mesma coisa que ver a luz do Sol irradiante e passar muito frio por não sentir o seu calor!


domingo, 18 de agosto de 2013

"Eu quero é dinheirooooo, 3 pontos pra quê?"

"Eu quero é dinheirooooo, 3 pontos pra quê?"

O título é sugestivo e está entre aspas porque pode representar um possível pensamento de alguns dos dirigentes do Flamengo ou não.

Digo isso, porque o Flamengo só manda seus jogos em Brasília, mesmo com o Maracanã reaberto. Justificativa para isso é que no Mané Garrincha o Flamengo lucra bem mais, por conta do acordo com o estádio e as taxas retiradas para Governo e as Federações não subtraírem tanto assim  na arrecadação líquida final dos rubro-negros como seria no Maracanã, indo metade de tudo para o Consórcio SA.

Pois é, o Flamengo firmou um contrato de experiência por seis meses com o Consórcio do Maracanã e mandou um jogo apenas lá, o clássico contra o Botafogo. Mas parece que os números finais não agradaram aos dirigentes, que não se sentiram, digamos "saciados" com o arrecadado, já que metade de tudo foi pro Consórcio. Quem paga com isso? O time do Flamengo!

Percebendo então, que o contrato de experiência não o proporciona muitos benefícios, a diretoria do Flamengo, quer botar o mínimo de jogos possíveis no Maracanã, se possível for, pelo visto, nenhum!
Dinheiro é bom,?É! O Flamengo precisa? Óbvio! Mas a importância do dinheiro vai até a página 2. A página 2 é o time de futebol! A busca incessante por lucros e mais lucros não pode obstruir o caminho de vitórias do Flamengo.  Hoje mais um tropeço, 0 a 0 com o penúltimo colocado São Paulo.

Esta básica introdução foi necessária para entendermos o porquê desses jogos excessivos em Brasília. Pois bem, tantos jogos fora do Rio, ainda que como mandante, fez o Flamengo em 2013, ter seu pior início como mandante do Campeonato Brasileiro nos últimos anos! Em 15 rodadas, apenas uma vitória como mandante. Nos últimos campeonatos, jamais o Flamengo havia ganho tão pouco em "casa".

Está tão claro como água, que jogar no Maracanã é diferente, ainda mais para o Flamengo, vide a história rubro-negra no estádio e os dois jogos em que o clube jogou lá este ano, conseguindo desempenhar o melhor do seu futebol e olha que eram clássicos, jogos "neutros". Imagina então contra equipes de fora.....

Mas a diretoria teima em mandar jogos para Brasília, mesmo com a 'casa ' do Flamengo estando aberta e clamando pela volta do seu eterno xodó (sim, com todo respeito aos outros grandes do Rio, que também são filhos do Maracanã, mas o Flamengo tem uma história particular, especial com o estádio).

Preferem encher os cofres rubro-negros à custos de pontos e mais pontos perdidos contra equipes da parte debaixo da tabela (jogou com os três últimos em casa e não venceu nenhum deles!)

Vale tão apena assim, sacrificar, não só os pontos perdidos, como os jogadores, que mal veem a família e que tem que viajar constantemente durante o campeonato? Ainda tem isso, os jogadores não param, o elenco do Flamengo é o que mais se desgasta dos 20 da Série A, pois é o que mais viaja. Desgaste físico pelas viagens e psicológico, repito, por ficarem mais distantes da família.

Enfim, é uma série de fatores que prejudica sim o rendimento da equipe dentro de campo!

O Flamengo não tem um time espetacular, para brigar pelo título ou G4, mas também não merece viver agarrado ao pelotão de trás da tabela.

O Flamengo conseguiu patrocínio Master, O programa de sócio-torcedores só aumenta, o time tem o maior contrato de fornecimento de material esportivo da América do Sul....Será mesmo que justamente esse ano precisa ficar mandando excessivamente seus jogos em Brasília por causa de dinheiro?

O que antes era necessidade, agora virou prioridade, e sem a menor necessidade!

Parece tosco e é! Afinal 3 pontos pra quê, Se O dinheiro compensa? Compensa  na Conta bancária ! Pois no coração rubro-negro não há montante de dinheiro no Mundo que substitua o sabor de uma vitória!

domingo, 30 de junho de 2013

Voltou! O orgulho de te ver, VOLTOU!


Ah seleção estava sentindo falta disso!

Não. Não é a falta das vitórias que mal ou bem eram conquistadas.

Não. Não é a falta dos gols, que com o bom futebol ou não eram marcados.

Não. Não é a  falta de título, pois antes éramos e agora somos mais ainda os atuais campeões da Copa das Confederações.

Não. Não é a falta do apoio da torcida, que sempre esteve presente, ainda quando noventa e tantos porcentos dos torcedores estavam desacreditados.

Eu estava é com falta desse orgulho! Que corre nas veias e bombeia no meu peito!

É desse orgulho de te ver jogar que estava sentindo falta! Orgulho de te ver ganhar e brilhar! Orgulho de te ver encantar!

Ah Orgulho! O velho e bom orgulho, dos tempos passados, não tão distantes assim, mas que fazia tempo que não repousava no meu coração.

Tão constante repousava, que havia feito até morada, e quando do nada nos deixou, a nossa alegria se sufocou.

Mas hoje desavisadamente ele voltou!  Bombardeou ! Extravasou ! Chegou chegando e chegando chegou! E o espaço tomou............De volta no coração brasileiro! Espaço que sempre foi dele, o nosso querido hospedeiro!

Que orgulho senti de te ver jogar seleção.! Que esse orgulho fique e perdure e não saia mais!

Orgulho, prazeroso orgulho! Digo orgulho, pelo bem da palavra,, representando a êxtase, a alegria, o prazer exacerbado e não o orgulho mal tratado, o arrogante que domina o coração de muitos aspirantes, ao bom futebol.

Enfim, sentia a sua falta. Hoje não sinto mais! As vitórias vinham, as goleadas também, mas por completo não me satisfazia! Hoje sim! Alegria pra dar e vender! Orgulho de torcer..............

.......... E ver! A seleção brasileira!

Incomparável! Inenarrável!

Não se descreve. Apenas se sente e se coloca pra fora com a garganta varonil explodindo sonoros gritos de...........................BRASIL!

domingo, 9 de junho de 2013

Não é o ideal. Mas estamos no caminho!

Eram 21 anos sem vencer a França, tabu hoje quebrado. Quase 4 anos sem ganhar um clássico contra seleções campeãs do Mundo, jejum irritante que foi também encerrado hoje! Marcas incômodas demais para quem é a única seleção do Mundo a deter 5 estrelas de títulos mundiais em seu escudo. Marcas que foram apagadas, com um 3 a 0 indiscutível sobre a nossa carrasca, a França.

Primeiro tempo sem graça. A Seleção brasileira estava com mais posse de bola, mas sem objetivo. Toque pra lá e toque pra cá, a espera de um espaço na defensiva França. Espaço difícil de se achar tanto pela postura francesa, mas muito mais pela falta de armação de jogadas da seleção.

Neymar recebia na esquerda, não tentava o drible. Preferia tocar para Oscar, que rolava para Paulinho, o mesmo dirigia a bola para Hulk no lado direito. Ah não! Hulk titular novamente! Sim, sim! Mas pelo menos Hulk arriscava, partia pra linha de fundo, tentava um drible ou outro, quiçá um cruzamento. Neymar do outro lado não fazia nem a metade disso. E não! Não era grande coisa o que o Hulk fazia, mas já era algo! E pasmem, nem metade de algo Neymar fez no jogo!

Uma cabeçada de Fred, em cruzamento de Oscar foi a melhor jogada do Brasil no primeiro tempo. Já a França........apesar de um Davi Luís, hoje, abaixo do que o de costume, não assustava.

Vira o intervalo. Começa o segundo tempo. Com Brasil mais disposto. Melhor, ambas seleções. Hulk continuou útil e chegou com muito perigo no início da segunda etapa. Um chute rasteiro, não tão forte como costuma chutar, porém, mais preciso também do que costume fazer, bola rasante à esquerda do goleiro.

Mal se animava o torcedor com a chance do Brasil, que a França assustou em chute de longa distância. Venenosíssimo. ‘Perigou’ também.

O Brasil era melhor. E aos 8 minutos, Oscar, em assistência de Fred, abriu o marcador para o Brasil. A França que não conseguia jogar, assustou em uma cobrança de escanteio e só.

O Brasil vencia e dominava. Mas Felipão quis garantir o seu velho e bom 1 a 0, companheiro de sempre. Tirou Oscar, e colocou o volante Fernando. No início achei uma substituição infeliz, por ter tirado o autor do gol, um dos melhores jogadores, mas a justificativa veio logo depois, pois Oscar vem em um ritmo de temporada intenso na Europa, Felipão quis poupá-lo. Entendido a saída de Oscar. Não entendido e muito menos compreendido, a saída de um meia para a entrada de um volante marcador.

Mas Felipão foi alertado pelo histórico brasileiro, que nos últimos jogos, estando na frente do placar permitiu ao adversário o empate, com a nossa marcação deixando Rooney, Vargas, Balotelli entre outros, completamente à vontade para chutar de fora da área e colocar a bola onde queriam. Faltou um marcador para tirar essa liberdade. Felipão, atento, colocou. Mas ao meu ver, Fernando deveria entrar em lugar de um também volante.

Certo ou errado, Felipão aproveitou e também colocou Lucas no lugar de Hulk. Tecnicamente, não entendo porque Hulk é titular, tendo um jogador como Lucas no banco de reservas, mas a força de Hulk, que não é a mesma do personagem dos cinemas, é suficiente para Felipão, que quer ter em campo um jogador grandalhão nas divididas e que ajude bastante na marcação. Jeito Felipão de ser, marcação priorizada ao invés da técnica. Contesto. Somos o que somos hoje reconhecidos pela técnica, e não por força fisíca. Se ainda fosse um jogador forte com técnica apurada.......Mas pelo menos, Felipão tem sua filosofia. E sua cautela de toda, não pode ser impiedosamente condenada.

Mais tarde, Scolari colocou quem já merecia ter começado como titular, Hernanes. O jogador da Lázio, entrou e com muita técnica fez o segundo gol brasileiro. No terceiro gol, o derradeiro, Hernanes descolou lindo lançamento para Marcelo que fez fila na defesa francesa até sofrer o pênalti muito bem marcado pelo árbitro peruano. Lucas bateu com muita categoria. Devagar foi pra bola e cobrou fraco deslocando o goleiro.  Quem consegue ter a percepção para onde o goleiro (quando o goleiro já se ‘entrega’, claro) vai numa cobrança de pênalti, o desloca com facilidade, não precisando bater forte pro gol, mas com calma e precisão, como Lucas fez. Observou Felipão? O chute forte de Hulk não fez falta perante a frieza e categoria de Lucas!

De tudo que vi no jogo de hoje, o que me fica claro mais uma vez, é que Neymar não pode mais ser titular da seleção. Opinião minha. Neymar é craque. Mas não tem jogado nada na seleção. Toca de lado. Toca pra trás. Não arrisca um drible sequer. Se bobear nem a trave ele driblaria, se possível fosse a trave ser colocada mais a frente, lógico.

O Brasil jogou bem! Foi melhor que a França! Era a vitória que precisava pra levantar a moral da seleção. Não mediante aos outros e sim à eles próprios. Faltava uma vitória contra gente grande, agora não falta mais.

Os pessimistas ou perseguidores, como preferirem, agora dizem: “A França é fraca”, “estava sem Ribéry, o craque do time”. Tá certo, faltou Ribéry. Mas isso não tira o mérito do Brasil. Porque em contra partida, a nossa seleção ainda está buscando entrosamento. Não está jogando tudo que pode ou sabe. Tem muito a dar. Se faltou Ribéry para França, à nós ainda falta o entrosamento ideal, que está vindo, e mesmo assim fizemos 3 a 0 na França.

Vencemos e convencemos, relembrando os velhos e queridos tempos, não tão distantes assim, mas que para um povo acostumado com o bom futebol, 1 mês de mal futebol já é uma eternidade que inquieta. Imagine então esses anos que estamos sofrendo.


Vitória com cara de Brasil. Já o futebol, digamos não com cara, mas com um rabisco de Brasil. Não chegamos no ideal. Mas pelo menos agora, já se desenha um caminho!

quinta-feira, 6 de junho de 2013

Perder faz parte. Mas até pra perder tem que ter CARA !

Foram 74 dias desde que estreou como treinador do Flamengo, com 7 vitórias, 4 empates e 3 derrotas. Números normais para quem analisa-los apenas com a matemática. Mas números péssimos para quem analisa-los como um todo. Não só pelos números, mas também pela falta de identidade que Jorginho saiu do comando técnico do Flamengo.

De 14 partidas o Flamengo venceu a metade com Jorginho no comando. Seria normal se o Flamengo tivesse jogado com equipes de grande calibre. É péssimo porque em sua maioria quase absoluta o Flamengo jogou com equipes inferiores ou aproximadamente do mesmo nível.  Pega-se as derrotas para Audax, Ponte e Náutico com mando de campo a favor, e se conclui que alguma coisa estava errada.

Muitos dizem que Jorginho não teve tempo o suficiente para mostrar o seu trabalho, eu penso ao contrário, teve tempo muito mais que merecido ao menos, para preparar uma equipe pra não ficar em penúltimo hoje no campeonato como está o Flamengo.

Jorginho teve pouco mais que dois meses, tempo de sobra! E mesmo assim começou o campeonato cercado de dúvidas. Pois foi necessário apenas 45 minutos de Marcelo Moreno no jogo de estreia para ele sacar Hernane e colocar o jogador naturalizado boliviano como titular no jogo seguinte. Bastou Renato Abreu zunir um pênalti contra Ponte Preta, para no jogo seguinte esquentar o banco de Joinville, tanto esquentou que entrou no segundo tempo a todo vapor sendo fundamental no heroico empate em 2 a 2 contra o Atlético/PR.

Sai Renato, Começa Carlos Eduardo. Sai Rafinha, Começa Paulinho. Sai Gabriel, Volta Rafinha. Sai Amaral, Começa Luís Antônio. Sai João Paulo, começa Ramon e vice versa!

Mexidas demais para quem se via em uma 4° rodada de campeonato nacional. Mexidas e indecisões demais para quem já havia passado vexame na Taça Rio anteriormente.

Jorginho ficou desgastado perante a diretoria e a torcida do Flamengo muito por conta também pela falta de padrão tático, que mal ou bem com Dorival Júnior, o Flamengo tinha e pela Falta de entrosamento dos jogadores que erravam passe de 3 metros, muito por causa das constantes mexidas do treinador.

Tantas mexidas que ocasionaram na principal falta que esse time tinha: Falta de identidade! Falta de time! Falta de cara!

Quando digo falta de cara, digo isto porque o Flamengo não tinha a equipe pronta. Tá certo que o elenco é fraco, mas como tudo na vida, ainda que seu potencial seja aquém do esperado, o que não pode faltar é convicção, certeza, decisão! 

Tantos times tecnicamente do mesmo nível do Flamengo, já conseguiram surpreender em tantos outros campeonatos brasileiros, mas justamente conseguiram porque tinham um time pronto! Tinham um time formado. O Flamengo não tinha, o Flamengo não tem! O Flamengo tem muitos jogadores, mas não um time exato!  Antes de afirmar se um time é bom ou ruim, tem que se ter um time pronto pra depois defini-lo se é bom ou ruim.

E agora para montar esse time, precisa-se de um bom nome. Especula-se Mano Meneses, Celso Roth, Renato Gaúcho. O último me agrada mais, Renato Gaúcho tem mais ‘perfil’ de Flamengo do que Roth e o careiro Mano. Resta-nos esperar.

Sem time, sem identidade, sem graça, sem cara, Jorginho assim caiu.

Na vida, se perde e se ganha. Se tenta e ás vezes, não se consegue o objetivo. Mas o que faz a diferença é o modo como as coisas são feitas. Você pode tentar, tentar, tentar e não conseguir. Mas se tiver convicção e cara pra dar a tapa, um dia você consegue se ajeitar.

O Flamengo de Jorginho não deu a cara a tapa, até porque nunca teve uma para dar. Perder faz parte, mas até para perder tem que se ter CARA.

A indefinição atrapalhou Jorginho e companhia.

quarta-feira, 29 de maio de 2013

Salgueiro! A alegria do povo brasi...ops. do povo paraguaio!

Acabou o jogo. Acabou o sonho. Acabou a Libertadores 2013 para o Fluminense.

Na base do ‘cuidado’ para não tomar gol dentro de casa, o Olímpia começou muito atrás, muito também porque o Fluminense começou ditando o ritmo do jogo. O Flu se entregava a cada bola, o Olímpia não. Sinal disso foi o gol tricolor, em que Rayner disputou uma bola que foi mal adiantada para o goleiro, e com um toque de ‘meio’ calcanhar, encobriu-o, o tirando da jogada, ficando livre e só para o gol. Só não. Porque a bola o fazia companhia, mas não mais, quando ele a empurrou para as redes. A bola acompanhou a rede e Rayner foi acompanhado por seus companheiros e por milhões de tricolores que comemoravam o gol.

O Flu só ‘caía’ fora se tomasse a virada, pois um possível empate com gols dava a vaga pelo gol fora de casa, vide o empate zerado semana passada em São Januário.

O Fluminense conseguiu o ouro! Mas se escondeu na mina onde o encontrou. Se escondeu para garantir, para não perder, mas em vão.

Depois do gol sofrido, o Olímpia foi só pressão para cima do Fluminense, até obter o placar que precisava. Dois gols em 5 minutos. Dois gols de bola parada e do mesmo jogador.

Salgueiro, que tem o mesmo honroso nome de uma das maiores Escolas de Samba do Rio, mudou a história, e assim como a nossa Salgueiro nos carnavais cariocas, fez o povo paraguaio sambar de felicidade no Defensores del Chaco. Ah tá certo, paraguaio não sabe sambar. Mas os pulos e os cantos já serviam como manifestações de alegria.

O Defensores Del Chaco era a apoteose paraguaia! A energia e a festa digna de um espetáculo. O futebol em campo nem tanto, mas a emoção e a carga dramática movimentaram esse Olímpia x Fluminense.

Pois Salgueiro como disse, havia empatado numa cobrança de falta fechada, em que ninguém esperava que fosse cobrada diretamente para o gol, mas foi e surpreendeu até o goleiro de seleção brasileira, Diego Cavalieri. Minutos depois, o mesmo Salgueiro virou para os paraguaios. Desta de vez pênalti. Cavalieri foi bem na bola, mas Salgueiro foi melhor ainda na cobrança.

No segundo tempo, o Olímpia com o ouro nas mãos fez o mesmo que o Fluminense, se escondeu dentro da mina! O tricolor voltou com intrepidez e domínio contra o time de Assunção que estava mais recuado e inofensivo do que nunca. Inofensivo porque nada fez no segundo tempo. Cavalieri poderia dormir, assim como poderia ter dormido também em São Januário no jogo de ida.

O tempo foi passando e o Fluminense foi pressionando e assustando. Não porque as oportunidades eram excepcionais, mas assustando porque o time paraguaio, apesar de em casa, se assustava atoa.

O Flu jogava com garra, fazendo jus ao título de “time de guerreiros” que carrega desde 2009, na época de Cuca.  Garra não faltava. Criatividade sim.

Wagner não consegue ser esse armador que Abel precisa.

Abel então decidiu mexer. E ousou! O Fluminense chegou a ficar com três atacantes (Rayner, Nem e Fred) e dois meias atacantes em campo (Wágner e Thiago Neves).

Pouco tempo depois, mais ousadia por parte de Abelão. Ele colocou Sóbis no lugar de Nem e Samuel no lugar de Jean. O Flu então ficou com seis na frente. Taticamente falando, porque no papel eram 11 no campo de defesa do Olímpia. Naquela altura era Digão cruzando, e Rayner lá atrás cobrindo o lado direito, que ficou órfão com as saídas de Bruno e Jean. Não tinha organização tática. Era na raça, na emoção, no coração!

Thiago Neves cobrou bem uma falta. Fred em uma cabeçada assustou. Mas realidade é que não tivemos uma grande defesa do goleiro Martín Silva. Era uma pressão no abafa, na garra dos guerreiros tricolores, mas não tão técnica quanto poderia ser.

O Olímpia foi covarde o tempo inteiro. O Flu ainda que sem exigir tanto quanto poderia do goleiro não merecia, como bem disse Abel em entrevista ao final do jogo, ser eliminado.

Mas ambas as equipes preferiram se defender quando tiveram a vaga nas mãos. O Olímpia se defendeu melhor, isto é fato. Fato também é que em casa, foi quem atacou melhor. Criou oportunidades mais contundentes que o Flu no Rio semana passada.

O Flu não tomou gol em casa, mas marcou fora e ainda assim foi eliminado. Por quê? Por causa do saldo de gols!

Muitos afirmam que o gol fora de casa é tudo na Libertadores. Mas se deixam enganar, e se confundem muito das vezes. Estão valorizando mais o tempero do que o próprio alimento em sim. Gol fora de casa é ótimo!!! Mas não melhor que o saldo de gols!

Pelo jogo, o Fluminense não merecia ser eliminado, assim como também não merecia ter chegado até aqui pelo que jogou antes.

Jogou tudo o que não jogou anteriormente na competição nesse jogo, mas a sorte (ou a praticidade) de outrora não o acompanhou.

Não adianta pressionar. Tem que traduzir a pressão em gols, ou ainda que seja, em 'trabalho' para o goleiro, pois além de não ter feito gol, o Fluminense não exigiu muito do goleiro Martín. Deve se lamentar sim, porque poderia ter sido melhor com a classificação ou até mesmo sem ela.

O Fluminense tem mais time que o Olímpia. Mas foram os paraguaios que aproveitaram o “fator casa” melhor. Pois quando precisaram, sufocaram o Fluminense com o apoio de sua torcida e fizeram dois gols. O Flu em casa, não conseguiu o mesmo, aliás nenhum para contar história. Acabou que caiu.......

.......Mas caiu de pé!  Isso que é importante! Mais firme do que alguns outros brasileiros que já caíram.


O nome do jogo não foi Fred. Foi Salgueiro! Que dignificando o nome, proporcionou para os paraguaios, tanta alegria quanto a Salgueiro traz para o povo brasileiro.